domingo, 3 de julho de 2011

V

Quanta ansiedade existia em ambos na espera de novo encontro. Os dias pareciam anos e as semanas eram uma eternidade.
Nesse espaço de tempo o que os reconfortava eram os sms’s e os email’s trocados cheios de palavras doces onde eram recordados os momentos já vividos entre eles. Aqueles abraços, aqueles beijos, aqueles toques, aquele sentir de corpos nus entrelaçados na paixão que os envolvia de desejo partilhado. Momentos que jamais seriam esquecidos por qualquer um deles.
Estavam a chegar as férias de Carlos em que iria com a sua família, mulher e filha, para uma casa que possuía no Algarve onde por vezes também passava os fins de semana. Como iriam estar um mês sem se verem, sem darem tréguas à tesão que sentiam ao pensarem um no outro?! Complicado só de pensar.
Combinaram então encontrar-se antes do inicio dessas férias assustadoras.
De novo no tal hotel, no mesmo quarto de sempre, deram liberdade aos sentimentos e deixaram que o momento fluísse.
- O teu corpo é tão lindo … suave … macio… tens um corpo de menina …
Enquanto dizia estas lindas palavras Carlos beijava delicadamente o corpo nu de Carolina que se encontrava deitada de barriga para baixo, naquela cama daquele quarto que já era como se fosse deles. Não se mexeu nem sequer falou. Limitou-se a sentir aquela boca que adorava beijar escorregando suave pelo seu corpo. Estremecia de prazer. Jamais imaginara ser possível um sentimento, uma loucura tão grande e boa como a que estava a viver nos momentos passados junto de Carlos.
Carlos virou-a como se estivesse a mexer numa boneca de porcelana. Um carinho e um cuidado impensável.
- Querida vamo-nos beijar mutuamente?
Ao dizer isto Carlos moldava Carolina à posição pretendida para que ambos fizessem sexo oral um ao outro.
- Que loucura!
Carolina contorcia-se de prazer. Calada, vivia aquele momento único e primeiro na sua vida. Tanto tempo perdido.
Voltaram à posição dita normal e beijaram-se trocando sabores de amor expelidos na paixão da loucura vivida naquele momento. Continuaram trocando prazeres, mudando de posições sucessivamente, os beijos eram mais que muitos variados e saborosos. Deleitavam-se na loucura do amor, da tesão, da paixão e do sexo. Há quase uma hora que se encontravam no tal quarto, do tal hotel que quase parecia ser deles, deixando fluir o pensamento sem quase respirarem e sem se aperceberem que o tempo lhes fugia, tinham que se apressar
- Amor como queres vir-te?
- Não sei, tu é que sabes.
- Amor diz, como gostas mais?
- Gosto de todas as maneiras.
E era verdade. Carolina estava a viver um conto de fadas onde tudo era uma deliciosa novidade. A cada minuto junto de Carlos era uma nova vivência sexual, um novo desafio, uma nova aventura.
Carlos num ritmo acelerado já não conseguia prolongar por mais tempo o saciar daquele desejo incontido
- Vem-te amor, já não aguento, vou-me vir… hum…
- Vieste-te querida?
- Sim.
De corpos suados, transpirados, entrelaçados num abraço apertadinho mantiveram-se mais um pouco, sentindo já saudades um do outro. O tempo urgia e eles tinham que se separar. Saltaram da cama e dirigiram-se para a banheira que os aguardava para um duche relaxante.
Um beijo, um abraço, um até depois. Depois das férias.

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