quarta-feira, 21 de setembro de 2011

XIV

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Um ano houve em que Carolina já cansada enviou um sms para Carlos onde lhe dizia que o amor tal como uma planta deveria ser regado para que não morresse. De imediato e como resposta Carlos telefonou para Carolina, coisa que não fazia durante os meses de férias desculpando-se sempre que nunca estava sozinho, mas telefonou e foi rápido, dizendo que não queria problemas com a mulher e que esta tinha lido o sms, que lhe tinha levantado problemas, e por aí fora sempre atacando Carolina com palavras menos simpáticas e jamais imaginadas saídas da boca de Carlos para os ouvidos frágeis de Carolina. Desligou quase sem se despedir.
Carolina ficou atónita. Pensou e repensou naquele telefonema. Como poderia a mulher ter lido se ele ligou após a recepção do sms?! Mentira. Tudo mentira.
Os restantes dias em que esteve na Ericeira, onde o sol brilhava e o calor aquecia os mais gélidos corações, o de Carolina petrificou. Jamais os seus olhos brilharam de alegria. Manuel notou a diferença operada nela de um momento para o outro sem que ele se tivesse apercebido de algo que a magoasse e perguntou-lhe o que se passava, Carolina disse apenas que era impressão dele que ela estava bem, talvez um pouco cansada de nada fazer. Sorriram os dois.
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1 comentário:

  1. Intenso... maduro... uma prova de que o amor não tem idade.
    Uma história apaixonante que poderia estar a ser vivida por qualquer casal sentado numa esplanada perto de nós... e nós sem adivinharmos a volúpia de tamanha paixão.

    Muitos parabéns.

    Com um ramo de :-) (sorrisos)

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